Bebel está de volta, mais engraçada, perigosa e bissexual

Acabei de assistir aos primeiros cinco episodios de um total de 40 da primeira novela brasileira produzida pela MAX, e antes de falar do conteúdo, como profissional do audiovisual, fico feliz em ver que estamos vivendo uma novo momento, e que nem tudo é mais sobre a Globo. Netflix já acertou com Pedaço de Mim (2024) no ano passado, e agora é a vez da MAX de mostrar que existem outras maneiras, outros  profissionais, e outras histórias, além da emissora carioca que reinou por tantas décadas. Apesar de que, óbvio, não há como fazer novela brsileira, sem olhar para a maior referência mundial no formato. 

Tiando esse fato, Beleza Fatal que etreou hoje, é uma novela que conta uma história de vingança, com  a indústria da beleza como pano de fundo. Camila Pitanga (Lola), Giovanna Antonelli (Elvira) e Camila Queiroz (Sofia), são as protagonstas da história, sem vilãs e mocinhas, com perosnagens humanos, ainda que caricatos. 

Elvira, interpretada por Giovanna, é uma mãe casada, com dois filhos, vive no perrengue dando golpes para sobreviver, e ainda ajuda as pessoas em sua volta. Sofia, filha da personagem de Vanessa Giácamo, que está presente apenas na prieira fase da novela, mas com uma atuação exemplar, é uma garotinha que perde sua mãe, por um crime causado por sua tia Lola, interpretada por Camila, e que decide se vingar de sua tia quando se torna aulta. E a vida de ambas se cruzam durante a primeira fase, e depois, na segunda fase da novela, quando Sofia e Elvira decidem fazer justiça, pois Lola também está envolvida na morte de sua filha, quando essa tenta fazer uma cirurgia plástica de maneira quase clnadestina, em um consultório onde a "vilã" trabalha. 

Discussões sobre o poder da beleza, assim como os caminhos tortos que as pessoas fazem para atingir um padrão perfeito, são narradas de forma sutil, sem ser forçada, por de trás das tramas que fazem parte da história. Como em uma cena onde o personagem de Herson Capri, um grande empresário do ramo, discute com Lola, que já é empresária na área, também, sobre vender serviços de beleza de forma irresponsável na  internet. 

Um elenco espetacular, em sua grande maioria, ex-atores da Globo, que hoje não tem mais contrato fixo com a emissora; uma fórmula brasileira, mas com algumas diferenças, como meus parabéns pela MAX por vestir personagens pobres com roupas de pobre, morando em casas de pobre, em bairros de pobre. Alguns exagerros e falhas, obviamente, e perdoável, para uma primeira produção, mas que faz com que você não para de asistir um capítulo atrás do outro.

Agora o ponto alto, com certeza é a ambiciosa Lola, que de diferente da personagem Bebel da novela da Rede Globo Paraíso Tropical (2007), é só o fato de não ser uma prostituta, ter um esposo e filho, e usar algumas roupas que cobrem mais o corpo. De resto, a pilantragem e o humor, são o mesmo. Referência essa que a personagem traz em uma das cenas, com um dos memes que sempre a traz de volta para a internet. Mas dessa vez, a Bebel de Beleza Fatal está mais engraçada do que nunca, perigosa, com muitos crimes nas costas, e aparentemente bissexual, já que seduz, e parece conseguir a parceria, e corromper uma das persnagens que até então eram honestos na trama. 

Beleza Fatal tem 40 episódios, hoje foram disponibilizados 5, e a cada semana seguinte, mais cinco, todas as segundas-feiras, no streaming MAX, com roteiro de Raphael Montes, de Bom Dia Verônica (2020).

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