produtora O Diretor
Lembro-me como se fosse hoje, há mais de uma década atrás, quando fui parar em um curso curto de roteiro e direção para cinema, foi lá onde experimentei o contentamento pela primeira vez na vida, mesmo sem saber ainda o que signficava esse sentimento, quiça a palavra que o definia. Cada momento daquele período curto ainda está latente em minha memória e meu coração. Senti uma emoção muito grande em estar fazendo parte daquele universo. Não só das aulas teóricas, didáticas, mas também de toda a experiência de um modo geral, e das relações que construi ali.
Na época, eu nem imaginava nos meus pensamentos mais distantes, que iria inciar uma carreira na área de fotografia. Não fui para o cinema, mas a partir dali comecei a consumir bastante conteúdo, e discutir a respeito com outros "entendedores" que cruzavam o meu caminho. Entrei na fotografia pela moda. Produzia ensaios, cenários, figurinos, fazia maquiagem, fotograva e editava. E paralelo a tudo isso, eu devorei vários filmes alternativos em DVD, que estavam dentro de uma caixa deixada de herança por uma tia. Filmes franceses, espanhóis, italianos, e tantos outros fora do circuito comercial, e principalmente nacionais, me fizeram apaixonar mais ainda por essa arte.
Participei de alguns festivais como platéia, fiz alguns trabalhos aleatórios em algumas produções, conheci diretores, atores, e até dei bastante pitaco em roteiros de outros profissionais. Mas deixei de lado o envolvimento, e por muitos anos apenas me mantive como um usuário comum, consumidor de filmes na tela grande dos cinemas, e logo após com a chegada das plataformas de streamings, filmes e séries na tela do celular. Foram muitos anos trabalhando em diversas outras áreas, algumas até relacionadas com o meio, mas foi há pouco tempo que decidi que isso seria o que realmente iria fazer do restante da minha vida.
Rômulo
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